PSD: Paródia Sensacionalmente Demagógica
Posted by Filipe Ribeiro | | Posted on 00:25
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Findado o período eleitoral do maior partido da oposição em Portugal, marcado por inúmeras discórdias, desconfianças, demagogia qb e quiçá ilegalidades eis que surge um novo líder: o Dr. Luís Filipe Menezes.
Nada mais resta a este partido, em minha opinião, que uma imagem desgastada por lutas internas e disputas pelo poder. Se há que criticar a passividade de Luís Marques Mendes então deve ser deixada uma nota pela atitude exageradamente activa de Menezes. O actual líder Social Democrata tem em mãos uma tarefa bastante complicada, para além de ser obrigado a juntar os cacos que restam do partido, será logicamente necessário fazer oposição ao governo e ainda controlar a oposição interna que já deu provas de ter acordado neste rescaldo das directas.
Mas será este o candidato que os Portugueses querem para ir às urnas com Sócrates em 2009? A resposta parece-me claramente ser não. Nem os históricos do partido assim o desejam. Se Menezes pretende de facto candidatar-se a um lugar em São Bento pelo PSD necessita de mostrar um trabalho de excelência ao longo do seu mandato, já que apenas com 1500 assinaturas é possível convocar um novo congresso. Parece-me que o novo líder não terá uma tarefa facilitada pela frente. A dúvida que mais se impõe neste momento é se de facto Menezes estará à altura do desafio... A sua vasta experiência autárquica ser-lhe-á suficiente para o cargo para o qual foi eleito ontem? A resposta continua a ser uma incógnitae só será desvendada com o futuro.
A tarefa do novo líder do PSD terá ainda outro problema acrescido. Menezes, não sendo deputado, não poderá enfrentar o primeiro ministro cara-a-cara nos debates na assembleia da república. Embora não seja uma situação nova, Menezes terá de conseguir uma equipa forte, bem como um líder de bancada capaz de desempenhar as suas funções.
Comparado com a atitude calma e diria quase conformista de Marques Mendes, o novo líder do PSD deverá querer apresentar uma imagem reformista e bastante crítica do governo para tentar auto-promover-se como o candidato ideal a primeiro ministro para os portugueses e militantes do partido. Mas também não acredito num corte radical com os anteriores executivos já que isso poderia representar um ruptura com os históricos do partido com poder suficiente para o destituírem.
Em relação a toda a campanha eleitoral: uma paródia de demagogia... e quanto a isso não há mais nada a comentar!
Filipe Ribeiro