Remodelações Ministeriais

Posted by Filipe Ribeiro | | Posted on 20:39

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Quando existem situações insustentáveis no que toca à imagem pessoal de qualquer membro de um governo, julgo que devem ser tomadas medidas. A imagem de um executivo depende directamente da imagem dos seus "dirigentes" e isso parece-me indubitável.

Julgo que a imagem do ministro da Saúde estava, sem sombra de dúvidas, desgastada. Correia de Campos apresentava-se como um ministro cansado, perdido e, muitas vezes, descredível. Uma pasta como a saúde deve ter como Commander in Chiefum líder popular, com uma imagem credível e que inspire confiança aos Portugueses. Deve ser um ministro com uma excelente capacidade de comunicação com as populações, com especial relevo no que concerne à explicitação de medidas e legislação polémica.

Penso ser evidente que seria efectivamente insustentável a permanência de Correia de Campos no comando da pasta da Saúde deste governo, na medida em que já não preenchia os requisitos a que o seu cargo o obriga.

No que toca à ministra da Cultura, não me parecem claras as razões da sua saída. Não esquecendo a polémica entre a referida ministra e a ex-directora do Museu Nacional de Arte Antiga, não me parece que seja uma saída de extrema urgência, nem simplesmente necessária.

Na minha opinião, penso que o trabalho da ministra da cultura até foi razoável, e julgo que a polémica supracitada já havia sido ultrapassada muito antes desta remodelação.

Seria muito mais importante uma remodelação no ministério da Educação que no ministério da cultura. Os níveis de impopularidade da ministra da Educação, nomeadamente junto dos docentes, são alarmantes. Uma remodelação neste ministério poderia ser a solução para apaziguar as relações entre professores e ministério, tão essenciais para a qualidade do trabalho de ambos.