Quem sou eu para criticar?

Posted by Filipe Ribeiro | Posted in , , | Posted on 20:37

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Como diz o título deste post... quem sou eu para criticar! Mas confesso que me faz uma certa confusão que, um político como o Dr. Santana Lopes, com provas dadas de incompetência e fracasso, continue a conseguir sondagens como a do DN de 37% contra 38% das intenções de voto do actual presidente António Costa.


Um homem como António Costa, que já deu provas claras de competência e rigor no exercício das funções autárquicas, merece muito mais do que a indiferença do ponto percentual que o separa do rival social-democrata!

Parece-me que os túneis são um excelente engodo aos lisboetas. Será a promessa de trânsito fácil, ou a existência de assunto de conversa relativo à vida social do Sr. Presidente que mantêm Santana Lopes politicamente vivo? Por mais mortes anunciadas lá vem ele com mais um túnel da manga por entre o nevoeiro. Tivesse D. Sebastião feito o mesmo!

Twitters no Parlamento

Posted by Filipe Ribeiro | Posted in , , | Posted on 23:13

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Numa altura em que o Twitter se apodera, enquanto rede social de excelência, das nossas vidas de um modo alucinante torna-se, em alguns casos, numa verdadeira forma de comunicação revolucionária.

Já dizia Fernando Pessoa sobre a Coca-Cola «primeiro estranha-se, depois entranha-se», a realidade é que se passa exactamente o mesmo com o Twitter. Numa primeira fase um novato que se inscreva nesta rede não consegue compreender o verdadeiro busílis desta inovadora forma de comunicar. À medida que se vão adicionando outros utilizadores e que a nossa comunidade vai sendo alargada, conseguimos perceber o quão importante se pode tornar o Twitter enquanto ferramenta de trabalho, entretenimento e informação.


Passados alguns dias a seguir o twitter do deputado @JorgeSeguro acompanhei o início da organização de uma iniciativa que prometia: levar twitters ao parlamento. Pela primeira vez estava a ser organizada uma iniciativa entre política e cidadãos intermediada por esta rede social. Assim, combinámos para dia 2 esta iniciativa absolutamente histórica.


O encontro começou com uma visita às instalações da Assembleia da República e culminou com o debate do "estado da nação". Na primeira parte foi-nos dada uma perspectiva histórica de uma das sedes da democracia Portuguesa e visitámos algumas das salas mais emblemáticas do edifício. Antes do debate, aguardámos a entrada do governo na Sala dos Passos Perdidos e conseguimos falar com o Primeiro Ministro que nos garantiu que criará um Twitter para que o possamos acompanhar nas suas actividades.

Já no debate, e depois de alguns problemas técnicos relativos à conexão com a rede wireless, conseguimos finalmente aceder ao twitter e, pela primeira vez, nas galerias da assembleia da república, encontrava-se um grupo de cidadãos munidos de computador ligado à internet e a comentar em directo no twitter o que se ia passando no debate. É interessante que, depois de chegar o choque tecnológico à sala dos debates, chegou finalmente às galerias.

Foi unânime por parte dos participantes do encontro que se tratou de uma experiência verdadeiramente fascinante. Estar in loco a comentar o debate do Estado da Nação foi absolutamente fantástico, uma ocasião memorável. Resta-me agradecer ao deputado Jorge Seguro Sanches a ideia e parabenizá-lo pela inovação ao ter empreendido uma iniciativa desta natureza.

Cada vez mais dizem que a política se afasta dos jovens, penso que é unânime. Mas foi de louvar a presença de jovens no evento, evidenciando o sucesso da mobilização desta faixa etária, via twitter, para a política. A faixa política tem alguma responsabilidade neste afastamento progressivo dos jovens à coisa pública no entanto, é com este tipo de iniciativas que se conseguem resultados mais promissores.

Relativamente ao debate, foi interessante como a comunidade online foi acompanhando o decorrer da sessão. Quer no Parlamento, quer pela televisão, verificou-se uma utilização frequente da hashtag #deb15 por parte de deputados e cidadãos. Era notória a quantidade de deputados que tinham o twitter ligado nos seus computadores e que iam acompanhando o debate também por esta ferramenta.

O debate acabou por ser marcado pelo gesto do então Ministro da Economia Manuel Pinho, que também suscitou diversos comentários na rede. Surgiram até acusações de que a dimensão do gesto foi transmitido à comunicação social pelos twitters presentes na sala, o que me parece totalmente infundado e falacioso uma vez que as imagens do gesto foram gravadas pelas câmeras da AR TV, e não pelos participantes do evento. Parece-me que nestas situações inovadoras existem sempre os “velhos do restelo” que estão sempre contra a evolução.

Parece-me que o twitter representa uma ferramente notoriamente interessante nas mais diversas áreas e, com este evento, ficou comprovado que ao serviço da política denota resultados ainda mais interessantes.